3x12 - Evil is Going On (season finale)

Eu estaria mentindo descaradamente se dissesse que não gostei dessa season finale de True Blood. Não me entendam mal os que não gostaram, eu até concordo com alguns dos pontos negativos que foram expostos, mas acho que de forma geral esse último episódio seguiu uma linha bem própria e pertinente ao corpo geral da temporada. Acho também que os personagens “principais” da trama foram encaminhados para níveis mais interessantes de abordagem, possibilitando que na temporada futura assuntos mais profundos sobre o passado e mesmo sobre o comportamento atual que eles apresentam sejam mostrados sem muito estranhamento e sob uma base mais sólida. Mas enfim, divagações à parte, vamos falar especificamente do ocorrido no episódio.

O que sem sombra de dúvida eu não posso discordar de ninguém é de como o fim atribuído ao personagem de Russell Edgington foi bobo. De fato, como alguns disseram, foi inesperado e mesmo original, mas foi uma escolha imensamente broxante pra dar cabo do conflito que ficou armado em suspensão durante os últimos cinco ou seis episódios, e que nos manteve em frenesi pré-guerra.

Personagem que me agradou e me supreendeu imensamente nesse último episódio foi a mocinha-protagonista que parece ter tomado de uma vez por todas as rédeas das situações que ocorrem a sua volta. Foi sinceramente prazeroso assistir à forma como ela maltratou o rei cativo do Mississippi, assim como assistir ao modo que ela passou a reagir perante Bill Compton e Eric Northman depois dos últimos acontecimentos. Mais inesperado e eufórico ainda foi assistir à reviravolta que a história do casal deu. Os fatos parecem finalmente começar a clarear deixando tudo mais cruel e interessante.

Quanto a Bill Compton, achei ótima a oportunidade que aproveitaram de trabalhar o seu lado vampiresco facínora. Admito que a sobre-pele de egoísta parece cair muito melhor sobre o personagem, do que aquela imagem de salvador da pátria e defensor dos fracos e oprimidos. Já deu, né?


Ainda sobre o mal disposto e mal definido triângulo amoroso que veio sendo montado, venho por meio dessa review dizer que é bom que os produtores e roteiristas de True Blood não me inventem de deixar a trama entre Eric e Sookie de lado durante a próxima temporada. Prevejo que esse tipo de comportamento terá reações drásticas e dramáticas. Tenho dito.

Olhando por alto, season finale parece uma definição meramente dada por conveniência (ou obrigação) a esse episódio. Afinal, trama que é bom nenhuma acabou. Não digo que isso seja ruim, muito pelo contrario na verdade, parece que o seriado está de fato disposto a retornar um regime de mistérios e cliffhangers de enlouquecer qualquer fanático, o que também afinal de contas, é uma marca da série.

E se formos falar de todos os mistérios que ficaram em aberto, a lista será extensa. Temos por exemplo a história entre Jesus e Lafayette, que começa a enveredar pelos caminhos da magia, temos a trama entre os irmão Tommy e Sam Merlotte, que sinceramente quase me faz chorar de tanta tristeza, temos a história inacabada entre Crystal e Jason, temos o aprofundamento tanto do relacionamento de Jessica e Hoyt quanto da loucura preconceituosa da mãe dele, sem contar com o imprevisível resultado do conflito entre a rainha da Louisianna, Sophie-Anne, e Bill Compton. De fato, o que não vai faltar aos fãs do seriado vai ser assunto à discutir enquanto a próxima temporada não vem.

Outra personagem que sofreu mudanças consideráveis nesse episódio final foi Tara. Confesso que o amadurecimento da personagem e a perspectiva de um relacionamento futuro com Sam Merlotte me agradam muito. Sem contar no corte de cabelo completamente inesperado. Fiquei muito feliz dela só ter usado a tesoura pra cortar as madeixas mesmo.

Pros que sentiam saudades dos lobisomens, eis que Alcide Herveaux volta a aparecer já mostrando que algo entre ele e Sookie pode acontecer mais à frente. Achei ótimo. E pra quem não sentia química entre os dois, mordo minha língua. Achei sexy.


Especificamente sobre o final do episódio não sei exatamente o que dizer. Pra ser bem sincero, nem sei se há algo a se dizer. Mistérios, mistérios, True Blood em toda a sua essência.

Enfim, acho que é só. Olhando pra trás, acho que a terceira temporada foi definitivamente menos difusa do que a segunda e apresentou uma trama menos caótica sem perder na intensidade. Minha opinião pessoal é de que foi uma adorável temporada, e True Blood só tem a melhorar daqui pra frente.