
É possível que daqui a algum tempo, quando eu voltar a assistir a quarta temporada, a minha opinião sobre o quão realmente bons foram os episódios exibidos, mude um pouco (ou muito, vai saber). Mas a verdade é que, agora, com a excitação do ineditismo, é um pouco complicado manter a distância adequada e não repetir elogios.
Soul of Fire de fato foi mais um ótimo episódio dessa temporada, mas não tenho como ignorar a impressão de que, para um episódio que foi praticamente uma finale antecipada (visto tudo que aconteceu), faltou alguma coisa grande. Talvez seja algo que vá acontecer na finale propriamente dita, ou talvez seja simplesmente uma projeção minha por querer ver o circo pegar fogo em grandes escalas.
Enfim, independente da proporção do conflito, não faltaram acontecimentos intensos e de importância durante esse episódio, muito pelo contrario. Focado principalmente em torno de dois grandes apanhados de tramas, o conflito entre Marnie e os vampiros e a situação entre Sam, Alcide e Marcus, esse episódio foi cheio de cenas bastante movimentadas.
O sumiço ocorrido no episódio anterior foi rapidamente explicado, e mais uma vez, a posição de poder e importância de Marnie foi reafirmada, com, pasmem, a “possessão” de Antonia pelo personagem de Fiona Shaw. Fantástico!
E se em outro momento eu disse que o personagem Jesus não tinha mais sentido de ser, eu devo admitir que o papel dele nesse episódio, em particular, durante o ritual de separação das bruxas, não foi nada mal.

No que diz respeito a vampiros, eu sempre gostei bastante do relacionamento entre maker e progenie. Jessica e Bill, apesar de não estarem juntos há tanto tempo assim, são espetaculares em cenas desse tipo. A reação dela à escolha de seu criador em se entregar em troca de Sookie foi simplesmente doce. Já Eric e Pam, que dividem um companheirismo de pelo menos meia década de convivência, não estão em seu melhor momento, agora que o vampiro nórdico se apaixonou por Sookie.
A protagonista, por sinal, parece estar cada vez melhor habilitada pra usar os poderes de fada. As explosões de luz que surgiam de forma repentina, já parecem responder a comandos conscientes de Sookie.
A trama das fadas, relativamente de lado desde a aparição fatal de Claudine ao plano humano, voltou à tona da forma mais inesperada possível. Fica uma pergunta: será que as repercussões do acontecido nos pântanos de Bon Temps ainda serão assunto dessa temporada?
Quanto ao desenrolar dos assuntos entre os lobisomens Marcus, Alcide e Debbie, e os metamorfos Sam e Luna, talvez tenha sido realmente tudo pra melhor. Os dois metamorfos, sem um ex-marido no caminho, tem uma maior chance de firmar um relacionamento, enquanto Alcide sem Debbie e sem um packmaster tem uma infinidade de escolhas possíveis pela frente.
Esse penúltimo episódio não poderia ter terminado de forma mais adequada para True Blood. A possessão de Lafayette nos últimos minutos do episódio, deixa bem claro que, diferente do que nós poderíamos pensar, muito ainda pode estar por acontecer.
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