4x08 - Spellbound

Devo admitir que de todos os episódios exibidos nessa quarta temporada, Spellbound já é um dos meus favoritos. A série, que vem mantendo um ritmo rápido e uma qualidade alta, nos traz mais uma vez um episódio espetacular, com tudo que True Blood tem direito.

Uma das razões de eu ter gostado tanto desse episódio foi a forma como foram bem utilizados os efeitos especiais. Diferente do ocorrido na season premiere, na cena da fuga de Sookie do plano das fadas (por sinal, cadê essas fadas?), a medida certa, dessa vez, e o contexto no qual foram colocados, resultou numa boa escolha. O exemplo mais claro disso é a cena da trip do casal Eric e Sookie, na qual esses recursos transmitiram muito bem o efeito combinado do sangue dos dois.

Uma outra cena na qual um efeito bem simples foi utilizado, mas que resultou numa sequência esteticamente muito bonita, foi a parte inicial do episódio, o resgate de Jason à Jéssica. Uma certa lentidão em momentos específicos dessa sequência, como o vento batendo no lustre do hall, ou a hora em que a vampira destranca a porta, contribuíram tanto pra tensão da cena, quanto pra sua beleza.

Falando especificamente da trama entre a protagonista e o vampiro nórdico, apesar do romance dos dois estar perceptivelmente cada vez mais intenso, e de ter dado sinais óbvios de uma maior confiança por parte de Sookie (a tal cena do sangue), desconfio que, depois do acontecido no cemitério entre Eric e a bruxa Antonia, mudanças nesse regime amoroso podem ser esperadas pros próximos episódios (e cá entre nós, talvez seja realmente a hora de Eric recuperar sua memória).


Por falar em relações entre vampiros e humanos, convenhamos que o término do relacionamento entre Hoyt e Jéssica foi bem... feio. Depois de duas temporadas na vibe de primeiro amor, era de se esperar que caso eles terminassem, fosse pelo menos de forma menos violenta. Pessoalmente, acho que a atitude de retirar o convite à entrada da casa, tanto por parte de Hoyt quanto por parte de Jason, foi essencialmente uma atitude feia. Me senti mal pela Jéssica.

Quanto à trama de Lafayette é inevitável se perguntar o que vai acontecer a partir de agora que ele, possuído pela mulher que vem observando o filho de Arlene e Terry, raptou a criança. A explicação inicial da vida da misteriosa personagem, e o fato dela ter pego a arma de Andy Bellefleur, já indicam que ela não pretende ir embora tão cedo, muito menos abrir mão da criança facilmente. Tirando isso, ainda resta a dúvida de qual vai ser e se vai existir um papel para Lafayette nos empenhos de se livrar da bruxa Antonia.

A bruxa espanhola, indignada com a curta extensão de resultados de seu feitiço, foi uma das causadoras do primeiro confronto significativo da temporada. Agora, em poder de um dos vampiros mais velhos da Louisiana, tudo indica que a tendência são os confrontos ficarem mais e mais frequentes. Devo dizer ainda que a idéia de tornar Tara uma bruxa não é de toda ruim, pode cair muito bem na personagem.

Não sei se foi só impressão minha, mas achei que durante esse episódio uma certa reaproximação entre Bill e Sookie também começou a dar as caras. Como se não bastasse estar com Eric Northman, e começar a se reaproximar de Bill, Alcide Herveux volta a demonstrar um certo interesse pela moça. Mais alguém acha que Debbie vai acabar nas drogas de novo?

Por final, duas semanas depois da impressionante atuação de Sam Trammell como Tommy Mickens, a atriz Dale Raoul mostra também conseguir incorporar o personagem de forma primorosa e, sinceramente, hilária.

Enfim, como eu já disse, um episódio espetacular, que apresentou bem um pouquinho de tudo que define True Blood. Sexo, sangue, crises e criaturas sobrenaturais. Mais quatro episódios e veremos como isso tudo vai terminar.