4x07 - Cold Grey Light of Dawn

É realmente impressionante o que vem acontecendo nessa quarta temporada de True Blood. Sete episódios foram exibidos até agora, e apesar da season premiere não ter sido exatamente minha favorita, há de se reconhecer que, tanto individualmente como em conjunto, os episódios tem sido altamente acima da media.

Sendo True Blood um seriado com temporadas curtas, de apenas doze episódios cada, já era de se esperar que passando-se do sexto, as tramas começassem a se encaminhar pra um desfecho. E como a trama entre bruxas (ou melhor dizendo, bruxa) e vampiros é a principal dessa temporada, nada mais normal que ela comece a assumir, rapidamente, um tom mais critico. Em particular, acho que o clima de medo e ameaça iminente que vem envolvendo os mortos vivos, em especial nesse último episódio, demonstra de forma clara a aproximação do pico de acontecimentos dessa temporada.

O que também ficou bem claro durante o sétimo episódio é que, diferente do acontecido na terceira temporada com o Rei vampiro do Mississipi, dessa vez, um confronto parece inevitável. Desde as suas primeiras aparições até a possessão completa do corpo de Marnie, a bruxa espanhola, Antonia, mostrou que misericórdia não é exatamente uma opção válida quando se trata de vampiros.

Falando especificamente desse episódio, eu devo dizer que as cenas entre Bill e Jessica me agradaram muito. O desenvolvimento da relação de maker e progenie dos dois, que foi de início somente focada numa linha pai e filha, agora caminha também em direção a um companheirismo e uma compreensão mutua, que talvez possa ser atribuída em parte ao sumiço de Sookie durante um ano. Fato é, isso só torna mais e mais dramático o final de Cold Grey Light of Dawn.


Mas por falar em progenie, o que foi a Pam durante esse episódio? Quando você pensa que não dá pra ficar mais engraçado do que assistir à vampira com um aspecto gelatinoso dentro de um caixão todo em cetim cor-de-rosa, a Ginger aparece e... sobe em cima! Enfim, sem palavras.

Quanto ao Jesus, eu não poderia concordar mais com o João. Não bastasse a dificuldade de gostar do personagem, ele parece perder cada vez mais o sentido de ser, proporcionalmente ao aprofundamento que recebe. Já o personagem de Nelsan Ellis continua ótimo como sempre, mas, sejamos sinceros, toda a história da viagem ao México foi um tanto desnecessária. Outras maneiras poderiam ter sido utilizadas pra revelar os óbvios, diga se de passagem, dons mediúnicos do Lafayette.

O que parece também estar ficando cada vez mais claro é que não é exatamente o bebê da Arlene o causador dos problemas que aconteceram com essa família. O que nos traz algumas questões: quem é aquela mulher vem aparecendo desde o último episódio? Qual a relação dela com aquela boneca? E, afinal, o René Lernier tem algum papel nessa história?

Quanto À trama dos irmãos Sam e Tommy, eu realmente já não sei mais o que esperar. A possibilidade de reconciliação é tão possível quanto a possibilidade dos dois se afastarem permanentemente. De uma forma ou de outra, já vimos que seja do mesmo lado ou competindo um contra o outro, o resultado tende a ser sempre bom.

Se a ansiedade por novos episódios estava difícil de administrar nas semanas anteriores, agora, com essa tensão suspensa e com a expectativa de importantes acontecimentos, ela se torna incontrolável. Só nos resta esperar que os episódios continuem mantendo esse mesmo nível de qualidade que se segue já há um mês e três semanas de exibição.