4x05 - Me and the Devil

Semana após semana, esperar calmamente por um novo episódio de True Blood tem se tornado cada vez mais complicado. Depois de quatro ótimos episódios em sequência, o ânimo pelo próximo capítulo vem acompanhado do anseio de que esse seja tão bom quanto os últimos, senão melhor.

Desnecessário dizer que esse ânimo e esse anseio foram mais uma vez espetacularmente satisfeitos. Começando pelo desfecho da situação entre os integrantes da família Mickens.

Aquilo que poderia terminar com Tommy mais uma vez preso aos pais, e novamente sendo socorrido por Sam, terminou, na verdade, como uma das mais inteligentes reviravoltas do episódio. A situação, apesar de trágica (e, no caso de Melinda, um tanto triste também), se mostrou bastante produtiva pra trama dos dois irmãos. A reaproximação dos personagens que poderia permanecer ainda um bom tempo engessada pelo diferente modo de pensar dos dois, parece caminhar mais rapidamente. É possivel mesmo dizer que nesse próprio episódio o companheirismo entre os dois já é mais perceptível.

Seguindo a sequência dos episódios passados, o personagem, ainda sem memória, de Alexander Skarsgard, se mantêm apresentando um lado mais sensível e mais vulnerável, principalmente depois de rever seu criador, Godric. Nada mais natural que Sookie fosse eventualmente ceder aos encantos do vampiro nórdico, e sinceramente, quem não iria? O que não deve ser ignorado, no entanto, e que foi muito bem evidenciado durante esse episódio, é que a mudança do vampiro certamente não irá durar.


Na minha opinião, um ponto altíssimo do episódio foi o encontro entre Sookie e Marnie. A cena, apesar de bem simples, teve uma tensão suspensa, e algo de muito especial. O resultado da conjunção dos dons das duas personagens, criando um dialogo no mínimo inesperado entre Sookie e Adele, foi simplesmente incrível! Há de se dizer que realmente o personagem de Fiona Shaw tem sido um dos trunfos dessa quarta temporada.

O trio de personagens que vem acompanhando Marnie, no entanto, ainda me parece parado. Os discursos de Lafayette e Tara durante os últimos episódios já começam a soar repetitivos. Talvez a viagem ao México e a adição do avô de Jesus à trama sejam realmente boas ideias.

Falando em novos personagens, uma interessante novidade foi o aparecimento dos outros quatro xerifes das áreas da Louisiana. Por outro lado, extensão da participação desses personagens durante a temporada ainda é um pouco incerta.

Já no que diz respeito à Jason Stackhouse, não sei dizer em que direção o interesse dele pela Jessica vai crescer, ou mesmo se vai realmente crescer. Mas podemos supor que ele vai acreditar que os efeitos colaterais de ter bebido o sangue da vampira sejam de fato desejos próprios dele. De uma forma ou de outra, o próximo episódio promete bastante ação ao personagem, agora que a lua ficará cheia.

Por final, destacaram-se ainda nesse episódio as várias cenas entre Pam e Bill. Não só pelo sempre divertidíssimo humor ácido de Pam, ou mesmo pelo trabalho espetacular da equipe de efeitos e maquiagem do seriado, mas também pelo ritmo finamente estabelecido entre esses dois personagens.

Mais um bom episódio nessa quarta temporada de True Blood.