4x02 - You Smell Like Dinner

Dizer que achei esse segundo episódio impressionante seria pouco. Confesso que depois de ter revisto a terceira temporada, e depois da exibição da season premiere da quarta, comecei a me preparar pra possibilidade de não satisfazer exatamente minhas expectativas quanto à série... Pelo que parece, no entanto, depois do episódio incrível exibido no domingo, essa foi uma impressão precipitada.

Entremeando cenas mais leves com cenas mais tensas, o episódio manteve um bom equilibrio, sem perder as características que fazem a série ser o que é. Mas vamos ao que importa. Acredito que a maioria dos fãs, excluindo obviamente os que também acompanham a série de livros, foi surpreendido pela explicação de como a escalada de Bill Compton ao poder se deu. Não especificamente por ter sido boa ou ruim, mas por ter sido uma ideia que dificilmente passou pela cabeça de alguém. É bom enfim receber respostas quanto às atitudes supostamente controversas tomadas pelo personagem durante as outras temporadas.

E não sei se foi só comigo, mas quando durante o primeiro episódio a mansão do novo rei da Louisianna apareceu, não me ocorreu que aquela fosse a antiga casa do Bill reformada. E que puta reforma, diga-se de passagem!

De maneira geral, o jeito como decidiram abordar os assuntos inacabados da terceira temporada, e ainda dar inicio à uma série de novos acontecimentos e revelações, em especial nesse núcleo da série, foi genial. O toque de colocar Louis Pasteur como vampiro, então, nem se fala!


Mas em se tratando da abordagem de assuntos inacabados, esse não foi o único que voltou a ser trabalhado durante o episódio. A personagem Cristal retorna a Hotshot, e o motivo da emboscada à Jason Stackhouse ao final do primeiro episódio é então revelado. Acho mesmo que a transformação em uma criatura sobrenatural, depois do sumiço da irmã e de se tornar policial, pode colaborar para diminuição dessa bobeira típica atribuída ao personagem. E cá entre nós, a cena entre Jason e as duas panteras foi estranhamente sexy.

Ainda na mesma linha de questões em aberto, não podemos esquecer da trama dos irmãos Tommy Mickens e Sam Merlotte. Impossível não se derreter assistindo aqueles dois homens feitos (detalhe, nus na floresta), conversando sobre segundas chances e sobre confiança mutua. Difícil de resistir.

Mas o que, pelo menos pra mim, foi sem dúvidas o ponto mais alto desse episódio, foi a seqüência de cenas entre Eric e o grupo de bruxas. Com uma qualidade visual espetacular, a medida certa de efeitos, e o incrível talento de Fiona Shaw, a cena da possessão de Marnie, foi, no melhor dos sentidos, de meter medo. Isso ainda sem mencionar a mudança completa da postura do personagem do Alexander Skarsgard como resultado. Os próximos episódios prometem muito.

Em resumo, o episódio foi repleto de pontos altos, entre eles destacam-se, as gracinhas de Eric pra Sookie, a revelação de Luna sobre suas capacidades como metamorfa (completamente sem palavras quanto à isso), a cena entre Sookie, Arlene e o bebê, o retorno de Tara pra Bon Temps, o conflito de interesses entre Jéssica e Hoyt, entre outros que já foram citados ou não.

Talvez, assim esperamos todos nós, esses dois primeiros episódios espetaculares sejam o prenuncio de uma temporada igualmente fantástica.