3x11 - Fresh Blood

Sem pretensão alguma de querer me gabar, acho que vocês hão de concordar comigo que o décimo primeiro episódio da terceira temporada provou a minha teoria de que o décimo era um intermezzo entre dois episódios intensos. Do segundo inicial à passagem de créditos ao fim, esse episódio foi completamente tecido e permeado por cenas de intensa ação intercaladas por sequências de grande aprofundamento no interior emocional dos personagens.

Posso dizer sem dúvida alguma que a primeiríssima cena foi o máximo. Assistir a inesperada e surpreendente briguinha entre Pam e Bill foi muito divertido. Mais surpreendente ainda foi a participação da Yvetta na fuga da Sookie. Afinal de contas, quem diria, né?

Acho sinceramente que a cena entre a Jessica e o Hoyt na qual ele se oferece à ela como alimento, foi uma das cenas mais sexys que eu já vi. Acho também que o casalzinho está finalmente perdendo o ar de juventude e inocência e estão entrando em uma relação mais adulta e intensa. Isso, obviamente, não significa muita coisa. Assim como essa mudança pode fazer com que a vida útil do relacionamento dure mais, também pode adicionar questionamentos e problemas explosivos que vão levar a relação à beira do precipício. Enfim, veremos.

Ponto altíssimo do episódio foi admirar a loucura calma de Russell Edgington em seu primeiro encontro com Eric após o “assassinato” do consorte real. O personagem, que desde o inicio da temporada já tinha sobre si um ar nobre e cruel advindo de milênios de existência, agora enlouquecido apresenta uma aparência e uma aura insuportavelmente intrigante. É quase inevitável se perguntar o que se passa verdadeiramente na cabeça dessa criatura. Volto a repetir o que venho dizendo a umas duas semanas: Russell é um dos melhores personagens dessa terceira temporada e também da série toda. Denis O’Hare é sem dúvida alguma genial.

Melhor do que tudo isso, só mesmo o toque do celular do Eric interrompendo e fatiando a absurda tensão da cena ao meio.


Outro personagem que tem estado enlouquecido é Sam Merlotte, que parece estar fazendo uma ligeira regressão aos seus tempos de jovem mal elemento. Acho que nem preciso dizer que to achando isso tudo muito ótimo. Já disse antes e volto a dizer que assistir a personagens vivendo situações completamente contraditórias ao padrão de atitudes deles é um dos maiores prazeres que eu acho em True Blood. E bem, todo mundo curte um rebelde, né?

Entretanto, tirando todo esse charme que existe em ser um bad-ass, Sam tem sido bem ruim. As atitudes que ele teve tanto com os empregados e principalmente com o próprio irmão, admito, me deixaram um tanto triste. Tenho a vaga impressão de que esses dois irmãos podem se afastar de vez, e confesso que isso me incomoda muito.

E por falar nos empregados de Sam, a bruxaria anda definitivamente em alta. Se já não bastasse a nova garçonete do Merllotte’s, ao que tudo indica, Jesus e Lafayette são outros dois que fazem parte desse mundo. A questão é de fato saber o quanto isso será benéfico pro seriado.

Mudando de assunto, não sei nem por onde começar a falar sobre as participações de Jason Stackhouse durante esse episódio. Acho que foi um dos melhores episódios para o personagem, que com freqüência é esquecido de lado em função da sua dita burrice. Enfim, tudo foi muito bom, em especial a cena que se passou no estádio.

Sem mais delongas, vamos ao emocionante final do episódio.

Eu poderia escrever muita coisa, poderia falar de como as cenas entre Eric e Pam foram lindas, poderia falar sobre a revolta da Sookie em se perceber usada por tudo e por todos, poderia falar da evidente frustração futura que os acontecimentos ocorridos no Fangtasia vão ocasionar no relacionamento de Bill e Sookie, poderia falar até mesmo de como o plano de Eric para acabar com o rei-vampiro do Mississipi foi de uma genialidade simples e impressionante, mas admito que pra mim tudo ocorreu de forma absurdamente indescritível. Não consigo resumir ou relatar bem os fatos sem sentir que estou deixando algo por dizer. É isso, indescritível.


Quem diria, né? Quem diria que essa temporada iria passar voando do jeito que passou. Episódio que vem é a season finale e eu ouso dizer que não tenho pressa alguma de que ele chegue. Acho que no final das contas, essa terceira temporada conseguiu tomar bem as rédeas da situação e dos fatos ocorridos e conseguiu do meio pro final se estabilizar mantendo sentido pleno. Mas vamos deixar pra tirar conclusões na próxima review...