3x10 - I Smell a Rat

Acho que não há muito o que se explicar sobre esse último episódio que já não tenha de certa forma se auto-explicado durante o decorrer do mesmo, não é? Isso entretanto, caros leitores, não deve ser encarado como um sinal de obviedade, e sim como sinal de concisão.

Desde domingo, quando o episódio foi liberado, li e ouvi opiniões de diversas pessoas, que em sua grande maioria eram opiniões negativas que alegavam que o episódio tinha sido demasiadamente parado, meio óbvio; chato, pra ser mais claro. Eu sei que opinião é de fato uma coisa extremamente pessoal, mas devo admitir que discordo completamente dessas daí!

Digamos que pra um episódio-intervalo, esses que ficam entre outros dois mais chocantes, foi até bastante agitado e com um alto teor de revelações! Revelações essas que por sinal não se restringiram a núcleo nenhum, saíram já abrindo o episódio sem dó.

Eu estaria mentindo se não admitisse que sou completamente apaixonado pela forma como assuntos importantes são tratados de forma completamente natural e despojada em True Blood.
Como por exemplo, durante boa parte dessa terceira temporada nós ficamos sob o domínio da insuportável lenga-lenga em que foi mantido o segredo da real natureza da mocinha protagonista, Sookie Stackhouse (e antes tivesse sido essa a única lenga-lenga). Era de se esperar que, seguindo esse padrão, os roteiristas fossem levar esse ritmo até o final, certo? Errado! E eu não poderia ter ficado mais feliz por ter me enganado sobre isso. Acho sinceramente que a cena inicial entre Sookie e Bill foi maravilhosa justamente pelo seu caráter objetivo e até mesmo, quem diria, cômico! Muito bom!


Se isso ainda não foi o bastante pra provar o quão cheio de revelações foi esse episódio, podemos falar ainda sobre as várias cenas de flashback que Sam Merlotte teve. A rotina de vê-lo como um cara certinho, dono de um bar no meio do nada, me faz esquecer sobre os tempos em que ele já foi ladrão e se envolveu com toda sorte de criaturas; incluindo mênades, vale lembrar. Fico cada vez mais ansioso pra que desenterrem o passado desse personagem, que tem sido por sinal um dos mais interessantes dessa atual temporada.

Tá ficando chato, eu sei, mas vou falar de novo do pseudo-casal Jessica e Tommy. Eu sei que o Hoyt é um fofo. Eu sei que eles formam um casal super legal e super bonitinho! Mas poxa, só um beijinho vai! OK, parei. Último comentário, sinto um profundo medo da Summer. Sou só eu?

Mudando um pouco de foco, vou confessar que fiquei absurdamente feliz que os roteiristas não simplesmente voltaram a ignorar a relação entre Eric e Pam. Essa relação quase paternal que existe também entre Bill e Jessica, e que em certo nível também existia entre Russell e Talbot.
E por falar no enlouquecido rei vampiro do Mississipi, não consigo evitar de sentir certa empatia pelo estado em que ele se encontra. São nessas horas em que de fato se prova que vampiros não conseguem se desprover de todos os sentimentos, mesmo que do doentio sentimento de possessão.


Mas enfim, continuando na minha profundérrima tese de como esse episódio foi repleto de acontecimentos revelatórios, nós contamos ainda com a revelação da Arlene pro Terry sobre a origem do bebê, contamos com as super-expostas e coloridas viagens de Jesus e Lafayette pelo passado místico de ambos, contamos com a confissão de um crime, com a revelação de um segredo animalesco e ainda com o que eu diria ser uma singela declaração de amor. E aí, convenci alguém?