3x09 - Everything is Broken

Dizer que o nono episódio da atual temporada de True Blood foi calmo não seria de fato completamente mentira, mas por consequência não seria também completamente verdade, certo? Enfim, o que de forma estúpida eu quis dizer foi que esse último episódio conseguiu manter o ritmo taquicárdico do anterior, mas ainda dando grande e importante ênfase as tramas em si.

Por mim. o episódio não poderia ter começado de forma melhor. Só pelo fato de terem iniciado um certo mergulho na relação entre Eric e Pam, relação esta que permaneceu em segundo plano durante as duas temporadas anteriores, eu já fiquei bem feliz!

Mas não foi só, ainda nesse início de episódio confesso que me surpreendi um pouco com a atitude do Eric em revelar tudo aquilo que ele sentia e sabia em relação ao sanguinolento rei do Mississipi, Russell Edgington. Óbvio que ninguém poderá dizer que ele tinha outra escolha senão ser direto e verdadeiro em face da autoridade representada pela ácida Nan Flanagan. Mas que foi uma ação inesperada de um personagem conhecido pelo seu ar misterioso e esquivo, foi sim.

Sinceramente, não consigo entender e nem mesmo supor quais são as intenções dos roteiristas do seriado em relação ao casal formado por Sookie e Bill. Cogitei um fim de relacionamento, uma reconciliação, um trio amoroso envolvendo um certo vampiro nórdico, mas digo que a única certeza que pude extrair dessas suposições é que isso é tudo muito confuso e que pode ser até mesmo proposital. Veremos.


E por falar em relacionamentos imprevisíveis, vou confessar que esse climinha entre Tommy e Sam Merllotte ta começando a me incomodar um pouco. Gosto muito de ambos personagens, só acho que o irmão mais novo de Sam pode ter uma complexidade muito maior pela frente, que infelizmente está sendo ofuscada e colocada de lado por esse comportamento de rebelious teenager. Não é dizer que o personagem não precise de fato mostrar essa fase que é um tanto quanto própria da personalidade arisca dele, mas tenho medo que se torne rotineiro demais a ponto de tomar conta de todos os seus outros aspectos. Sobre Sam só tenho a dizer que é muito bom vê-lo agindo irracionalmente pra variar, sinceramente toda essa aura de impulsividade cai muito bem em um personagem que claramente tem uma parte animalesca tão presente e pulsante.

Ainda na linha dos estranhos relacionamentos, eu poderia escrever um verdadeiro testamento sobre a relação de Jason e Crystal. Já falei que sou super fã do casal, mas entendê-los tem sido realmente uma luta. Especialmente a Crystal, que obviamente esconde algo muito bizarro. Mas falando especificamente sobre Jason, admito que achei o máximo a atitude que ele tomou em relação ao Franklin Mott. Quem diria que o treinamento da Sociedade do Sol iria de fato servir de forma tão pratica e óbvia.

Já sobre Franklin em si nem creio que tenha algo a ser dito, acho que o que antes era uma dúvida acabou por se tornar uma afirmação incontestável. Ou não, né? True Blood é afinal uma grande festa pros mortos.

No final das contas, nós podemos discordar e concordar em muitos assuntos, mas tenho certeza de que em algum nível todos concordamos que a participação do rei Russell no jornal noturno estadunidense foi simplesmente impagável! Não só a participação no jornal foi imperdível, como também o carinho doentio que ele atribuiu aos restos de Talbot. Definitivamente um personagem interessante e maravilhoso em toda a sua loucura e crueldade! Confesso que esse clima de guerra e de desavenças entre um lado quase que republicano, representado pela Liga Americana de Vampiros, e um lado claramente com tendências absolutistas, me interessa muito. Quero ver o circo pegar fogo mesmo!


Entre outros pontos altos do episódio podemos ressaltar o encontro do jovem casal Hoyt e Jessica, o picante relacionamento entre Lafayette e Jesus, a no mínimo divertida relação entre Lafayette e a mãe, o descobrimento de mais um paranormal na família Stackhouse e a iminência da revelação do que Sookie Stackhouse realmente é.

Ouso dizer que True Blood tem se tornado uma série mais e mais refinada a cada episódio, sem perder as características que lhe são tão próprias. Enfim, veremos se o próximo episódio me prova certo ou errado, até semana que vem!