3x07 - Hitting the Ground

Lendo as reviews e as opiniões ditas sobre o sexto episódio dessa terceira temporada de True Blood, a principal coisa que eu vi foi de que de fato o episódio foi repleto de cenas de ação maravilhosas, mas que foi de uma forma geral vazio e desconexo, dando pouco espaço pra que cada história fosse explorada com mais profundidade. Eu diria que o sétimo episódio seguiu uma linha muito parecida, mas se diferenciando justamente no cerne do problema reconhecido no episódio anterior. Acho sinceramente que com a finalização de certas tramas paralelas, e com o esclarecimento de alguns mistérios, o episódio acabou por iniciar uma condensação da trama da série. Digo só que se preparem, porque algo intenso está por vir.

Eu diria que o episódio não poderia ter começado de forma melhor, retornando à clássica pergunta de qualquer personagem que entre em contato com os poderes ou com o sangue da mocinha protagonista. Diria também que teve um toque todo divertido por ser justamente a “anti-heroína” e inimiga pessoal da Sookie, a Lorena, ter feito a pergunta, num tom de imenso prazer. E mais: agora o Eric também sabe sobre os poderes dela, além de Hadley e Sophie-Anne, que aparentemente queria manter as informações só com elas duas.

Eu ia até fazer um discurso todo político e enraivecido de como os roteiristas de True Blood cismam em matar todos os personagens dos quais eu gosto, mas enfim, né? Nem vale a pena, e eu vou acabar parecendo paranóico. Em vez disso só tenho a dizer que a atuação e o papel da Lorena em si foram extremamente bem trabalhados por Mariana Klaveno. Posso dizer sem dúvida alguma que a confusão de sentimentos no mínimo surpreendente que a personagem vivia em relação à sua cria foram cenas valiosas dessa temporada. Vale ressaltar ainda que a cena final à lá Quentin Tarantino foi um espetáculo como última cena da personagem, ainda que eu ache que ela merecesse mais.

E se formos entrar no assunto confusão sentimental, não temos como ignorar a pobre coitada da ex-noiva do Alcide. Eu estaria mentindo se dissesse que eu não sinto antipatia pela moça, mas sei lá, personagens sofrendo por amor, ou por não saber como lidar com tal sentimento, me despertam um carinho e uma compaixão instantânea. Enfim, o que eu estou querendo dizer é que estou começando a me afeiçoar a ela também, e gostaria muito de ver ela com o Alcide, sério mesmo. Preciso admitir também que a morte do Cooter foi no mínimo inesperada. Achei a cena muito foda pra ser sincero, mas achava que a vida do personagem seria maior.


Finalmente libertaram a pobrezinha da Pam, que pareceu ter ficado acorrentada no porão do Fangtasia por umas três semanas. Acho sinceramente muito linda essa relação entre a Pam e o Eric. Eu já havia dito algo sobre a relação de cria e criador ser semelhante a uma relação entre um pai e um filho, acho que da última vez foi sobre o Bill e a Jéssica, e volto a dizer que acho super bonitinho essa relação existir também entre os dois.

Outra coisa que me agradou muito nesse episódio foi a morte do magistrado pelas mãos do cruel rei do Mississipi. Não só porque o personagem do magistrado me irritava ao extremo, mas principalmente porque essa onda crescente de ações cruéis e quase revolucionarias do rei Russell estão se tornando cada vez mais maravilhosas de se assistir. Me arrisco a dizer que esse personagem é um dos melhores da série por enquanto.

Longe de mim querer ser chato, ou pior, ficar puto com um personagem fictício, mas vou te dizer que o Bill cansou. Eu gosto dele e tudo mais, gosto mesmo, mas tá numa lenga-lenga interminável! Primeiro foi com a história do rei, depois foi com a Lorena, depois com aquele papinho furado de ter perdido a humanidade dele, depois... enfim, deu pra ter uma idéia, né? Queria que ele voltasse a ser um pouco mais como era na primeira temporada, mais misterioso, mais divertido também, sei lá.

Sookie Stackhouse esteve absurdamente bonita durante esse episódio, até mesmo nas cenas hospitalares, mas principalmente naquela cena bucólica com as... não finjam que vocês não sabiam! Acho também que a trama dela, especificamente nesse episódio, estava super interessante e com o toque certo de creepy. Muito foda.

Rutina Wesley consegue melhorar cada vez mais sua personagem que é simplesmente impagável de se assistir. Sejam nas cenas perigosas, nas cenas de intensidade dramática absurda, ou mesmo nas cenas repletas de humor sarcástico e rudezas, a Tara é um prêmio pro fã da série. Nesse último episódio não foi diferente. As cenas da fuga da mansão do rei foram espetaculares.


Se voltarmos um pouco às redondezas de Bon Temps e à cidade em si, podemos reparar que as tramas de lá também não foram colocadas de lado. Muito pelo contrario, na verdade. As tramas parecem estar se condensando, com o final do cativeiro da Pam, o aprofundamento das histórias do Jason e da Crystal, do Hoyt e da Summer, e com o desenrolar estupendo da história familiar de Sam. Essa última então é um caso a parte que vale até uns parabéns! A trama do Sam está impecável, e deve ser assistida sem dúvida alguma com grande atenção.

Mas como nem tudo são flores, é óbvio que as tramas de menor importância ficaram isoladas. Tomando como exemplo as tramas da Arlene, da Jessica, do Jesus e do Lafayette, até mesmo do recém chegado Franklin Mott. Vale lembrar, entretanto, que por mais geniais que os roteiristas do seriado sejam, eles ainda não fazem milagre, sem contar que os episódio não podem passar dos cinqüenta e cinco minutos de duração. Pensando assim, nem há muito do que se reclamar.

De forma geral acho que o episódio foi muito bom, e espero que a partir daqui o ritmo da série se regularize ou no mínimo cresça. Enfim, até semana que vem!

Obs: Por favor, evitem se xingar nos comentários, ou xingar outras pessoas, ou qualquer outro tipo de comportamento desrespeitoso. Não deveria ser necessário lembrar que a série, como qualquer outra obra que reúna fãs, desperta preferências. Não há necessidade de sair atacando quem prefere o personagem X ou Y. É possível (e nem um pouco difícil, na verdade) argumentar e discutir todos os assuntos de forma civilizada.