4ª temporada de True Blood garantida

As entrevistas com o Alan Ball, criador e produtor de True Blood, são sempre as melhores (se você não se importar com spoilers, é claro). Ele realmente não tem papas na língua: faz um monte de revelações e ainda assim consegue manter algumas coisas em segredo.

Dessa vez, numa entrevista para o site Buzzy Multimedia Publishing, Alan falou sobre o futuro da série. Segundo ele, a HBO está tão satisfeita com toda a repercussão de seu trabalho, que já o contratou para mais de uma temporada no futuro. "Eu acabei de assinar contrato para produzir mais duas temporadas, então posso afirmar que [a série, no mínimo,] terá quatro temporadas", ele disse.

Por enquanto, o foco está na produção da terceira temporada, que tem estréia marcada para junho desse ano. Alan disse que, por enquanto, eles têm seguido à risca o terceiro livro da saga na qual a série é baseada. Entretanto, considerando que até agora só o primeiro episódio foi gravado, é bem provável que esse grau de fidelidade diminua ao longo dos próximos onze. Alan classificou essa próxima temporada como "a temporada do Eric" e, como o quarto livro também tem uma forte presença do personagem, ele concluiu que as próximas duas temporadas serão dominadas pelo dono do Fangtasia.

Outro ponto interessante que Alan comentou foi a utilização de efeitos especiais em True Blood: "Eu não quero que ela se torne uma série de efeitos especiais. Nós não temos tempo nem dinheiro para fazer isso, e eu já estou ficando cansado de tantas histórias nas quais tudo é de CGI, com personagens em segundo plano. Eu sempre quis que os efeitos fossem mínimos, apenas o necessário para sugerir (...) Bem no início, eu disse que não queria nada parecido com aquela iluminação azul dos filmes da série Underworld, que não usar lentes de contatos para os vampiros e nem fazer com que o formato de suas cabeças mudassem quando suas presas fossem reveladas. No futuro, quando apresentarmos outras criaturas, eu também não quero utilizar das mesmas coisas que já foram utilizadas. Os personagens que importam. Os efeitos servem apenas de atalhos para passarmos de uma fase para outra", ele disse. "Mas nós nunca faremos uma série sobre efeitos especiais. Para mim, é menos interessante saber como o rosto do Bill pode mudar ou qual é o mecanismo por trás das suas presas – embora nós realmente tenhamos pensado sobre isso – do que o fato de que ele está vivo por cento e setenta anos, que é um vampiro e que, por isso, teve de abrir mão de sua mulher e seus filhos, os quais ele amava profundamente. Ele está numa sociedade em mutação e já tinha desistido da idéia de se apaixonar por alguém até conhecer essa garota. Isso, pra mim, é muito mais interessante do que a aparência de suas presas".