2x08 - Timebomb

Bom, dessa vez, nós dois claramente discordamos sobre o episódio da semana. Como um gostou e o outro não, resolvemos escrever uma review cada, mostrando porque nossos pontos de vista foram diferente. Aqui estão:

por Arthur

Acabei de assistir ao episódio 2x08, "Timebomb", e não sei nem exatamente o que dizer. Acho que seria bem apropriado "GENTE, QUE MÁXIMO", mas provavelmente a maioria de vocês acharia um exagero, então vou só dizer que achei bem legal.

Enfim, esse episódio foi cheio de surpresas. Tudo apontava seriamente para uma guerra entre a Fellowship of the Sun e os vampiros de Dallas, quando, de repente, aconteceu o completo oposto. E, mais inesperado ainda, por decisão do Godric. Sério, nunca citaram qual era a opinião dele sobre a relação humanos vs. vampiros, mas por alguma razão o fato de ele ter uns dois mil anos de idade me levou a crer que ele seria um vampiro “conservador”, tradicional. E por mais que alguns tenham dito terem ficado decepcionados com a reviravolta, creio que o que mais me agradou foi exatamente isso, essa mudança surpreendente.

Outra coisa que me surpreendeu muito foi a capacidade de atuação do Alexander Skarsgård. As cenas foram, em sua maioria, leves e divertidas, o que é extremamente não usual pro personagem dele. Vê-lo imitando um sulista, ou ainda vê-lo contracenando com o Ryan Kwanten, me arrancaram espalhafatosas risadas.

Admito também que adquiri maior respeito por Jason Stackhouse em função desse episódio. Tudo bem que o cara é uma porta, mas pelo menos tem bons valores familiares.

Sam Merlotte continua, como de hábito, em apuros, mas dessa vez com um fator potencializador, já que agora além de estar sendo perseguido, está sendo acusado pela policia pelo homicídio de Daphne, que, como todos já devem saber, foi assassinada pela Maryann no penúltimo episódio.

E por falar em Daphne e em Maryann, será que dá para ficar mais nojenta? Sério, cozinhar um coração humano e ainda servir num suflê pros outros é demais pro meu estômago. E como eu poderia me esquecer da sessão sadô-masô do Eggs e da Tara pós-suflê do demônio? Fiquei com medo de alguém quebrar alguma coisa, juro.

Reparando bem, apesar de não ter acontecido guerra alguma teve bastante pancadaria nesse episódio. Rolaram umas TVs de plasma de 52 polegadas na cabeça da Lorena, uns socos do Eric aqui e ali, o Jason defendendo a Sookie, gente se explodindo. Enfim, novamente um ótimo episódio de True Blood.



por João

Para mim, a segunda temporada atingiu o pico no sexto episódio e, a partir do sétimo, começou a decair. É claro que isso não significa que não teremos outros picos (ainda há mais quatro episódios por vir), mas eu senti uma quebra de ritmo.

Certo, vamos por partes. Mais uma vez, a trama da Jéssica e do Hoyt foi a que mais gostei. Nesses três últimos episódios, ambos tiveram pouco tempo de tela, mas muito bem aproveitados. É engraçado ver como ela está passando por todos os clichês da adolescência sem que nada soe clichê (porque, obviamente, ela é uma vampira, então qualquer clichê vai ter sempre algum fator vampírico adicionado).

Eu nunca fico de saco cheio da Maryann. Pode ser que os mistérios sobre ela tenham ficado fragmentados demais entre os episódios, mas ela é O mistério dessa temporada, então acho que dá pra relevar. Todas as respostas sobre ela foram apresentadas aos poucos, e sempre vinham juntas de mais algum mistério, ou seja, parecia que estávamos um ciclo interminável, o que não agradou muita gente. Mas a mulher é absurdamente louca, não tem como não gostar! Só espero que ela não seja descartada ao final da temporada.

Em relação ao casal principal, eu sou do time Bill. Não desgosto do Eric e acho que a relação da Sookie e do Bill está beirando a chatice sim, mas, não tem jeito, eles vão ser sempre o casalzinho da série. E, admito, estou curioso para saber como a Sookie e o Eric vão se aproximar de uma vez, já que o primeiro passo foi dado.

A Lorena é um saco e isso é tudo que eu tenho a dizer sobre ela.

E, por último, a minha maior decepção até agora: Godric. Ok, talvez “a maior decepção” tenha sido um pouco exagerado, mas a expectativa criada em torno do aparecimento dele foi enorme, merecia mais. Acho que não era só eu que esperava um vampiro impiedoso, sanguinário e mau. Tudo bem, não precisava ser exatamente cruel, mas com uma postura minimamente hostil. E o que nós conseguimos? Um Godric cheio de amor pra dar.

Sim, eu sei que, por ser um vampiro ancião, ele foi capaz de desenvolver uma visão muito mais evoluída do que a grande maioria. Ele fez todo um discurso pacifista, mas (supostamente) sabia o que estava defendendo.

Mas o fato é que ficou chato. Não sei exatamente o que aconteceu, se foi o ator, se foram aquelas falas, mas o Godric poderoso e amedrontador (não, na minha cabeça ninguém pode ser piedoso e amedrontador simultaneamente) acabou ficando na lenda. Por enquanto, pelo menos.

Apesar disso, teve o final do episódio que pode mexer com o nível alto de tolerância dele. Num enredo que trata de fundamentalismo religioso e exclusão de minorias, tudo o que faltava era um homem-bomba justiceiro. Me deu um pouco de pena, porque achei que o Luke ia acabar seguindo o Jason, mas enfim.

Ainda assim, fiquei com a sensação de que o trailer exibido na Comic-Com foi muito mais empolgante do que todos os episódios exibidos desde então. Vamos ver.